"O de hoje aconteceu no ginásio do colegio. Não tenho certeza de qual deles, é mais uma mistura de todos os ginasios em que já estive, naquele jeito confuso com que os sonhos retratam os lugares. Mas o exercito de luoras platinadas de saias pretas me diz que, não importa o colegio, eu devia reconhece-lo como Maplecrest.
Elas me cercaram em bando como se eu fosse um acessório de uma das coreografias, só que, Morgan é a lider que da as ordens. Manda que eu seja amarrada a um poste de madeira que brotou do meio da quadra de basquete, como uma arvore ancestral que não estava ali um momento antes.
As cordas parecem feitas de lã grossa e irritam a pele ao ser apertadas com cada vez mais força pelas meninas, que dançam ao redor do poste. Uma plateia distante, que não consigo ver, bate palmas seguindo o ritmo dos pés, enquanto as animadoras de torcida saltitam como se estivessem num filme sobre crianças de países exoticos, repleto de canções e cenarios toscos. O pesadelo também tinha uma canção, um coro que evocava a ''MORTE'', que escuto ao mesmo tempo em que meus braços e pernas são presos de tal forma que não posso se quer me contorcer de dor.
Noto pela primeira vez que estou vestida com um dos uniformes pretos.
O sangue escorre de onde a corda cortou a minha pele, na barriga a mostra e nas pernas logo abaixo da barra da minissaia. Vejo Miranda ao meu lado, sorrindo como todas elas sorriram naquela tarde, quando eu estava machucada e indevesa na grama. Sorrindo como cães famintos diante de um coelho ferido.
Morgan se aproxima e tento afastar o rosto, mas a corda em volta do pescoço dificulta a respiração e empede que eu vire a cabeça. Seus olhos estão salientes na face em corvada, A enorme parte branca só permite ver uma pontinha de azul, da cor de uma estrela explodindo. A pele ao redor da boca é grossa, enrugada e suja de sangue como os dentes.
- Agora você é uma de nós - ela diz sem mover os lábios.
As paredes vão escurecendo e o ginasio deixa de ser aquele que conheço, porque agora se encontra em campo aberto, em meio a um incêndio. Morgan coloca a mão em meu tórax e faz muita força para pegar ar. É impossivel gritar. O ambiente está repleto do som de máquinas rangendo, mas é apenas o barulho de dentes de zumbis.
Sinto uma ardência quando suas presas penetram minha barriga rasgando a carne. Os dentes vão fundo com motoserras sangrentas, cortam veias e ficam com mais sede a cada camada rompida. Arrancam dolorosamente a pele como se fosse papel de presente de Natal. As outras meninas decidem participar, e sinto como se fosse lambida pela língua de fogo de um demônio enquanto o corpo é aberto, expondo os ossos. Seus dentes são pontudos e afiados feitos para dilacerar orgãos e abdomens.
Elas engolem minhas mãos e pés. Faço o possivel para gritar, mas não escuto nada além de dentes rasgando e da respiração quente contra o rosto."
pags: 95 a 97 do livro Louras Zumbis
autor: BRIAN JAMES
Elas me cercaram em bando como se eu fosse um acessório de uma das coreografias, só que, Morgan é a lider que da as ordens. Manda que eu seja amarrada a um poste de madeira que brotou do meio da quadra de basquete, como uma arvore ancestral que não estava ali um momento antes.
As cordas parecem feitas de lã grossa e irritam a pele ao ser apertadas com cada vez mais força pelas meninas, que dançam ao redor do poste. Uma plateia distante, que não consigo ver, bate palmas seguindo o ritmo dos pés, enquanto as animadoras de torcida saltitam como se estivessem num filme sobre crianças de países exoticos, repleto de canções e cenarios toscos. O pesadelo também tinha uma canção, um coro que evocava a ''MORTE'', que escuto ao mesmo tempo em que meus braços e pernas são presos de tal forma que não posso se quer me contorcer de dor.
Noto pela primeira vez que estou vestida com um dos uniformes pretos.
O sangue escorre de onde a corda cortou a minha pele, na barriga a mostra e nas pernas logo abaixo da barra da minissaia. Vejo Miranda ao meu lado, sorrindo como todas elas sorriram naquela tarde, quando eu estava machucada e indevesa na grama. Sorrindo como cães famintos diante de um coelho ferido.
Morgan se aproxima e tento afastar o rosto, mas a corda em volta do pescoço dificulta a respiração e empede que eu vire a cabeça. Seus olhos estão salientes na face em corvada, A enorme parte branca só permite ver uma pontinha de azul, da cor de uma estrela explodindo. A pele ao redor da boca é grossa, enrugada e suja de sangue como os dentes.
- Agora você é uma de nós - ela diz sem mover os lábios.
As paredes vão escurecendo e o ginasio deixa de ser aquele que conheço, porque agora se encontra em campo aberto, em meio a um incêndio. Morgan coloca a mão em meu tórax e faz muita força para pegar ar. É impossivel gritar. O ambiente está repleto do som de máquinas rangendo, mas é apenas o barulho de dentes de zumbis.
Sinto uma ardência quando suas presas penetram minha barriga rasgando a carne. Os dentes vão fundo com motoserras sangrentas, cortam veias e ficam com mais sede a cada camada rompida. Arrancam dolorosamente a pele como se fosse papel de presente de Natal. As outras meninas decidem participar, e sinto como se fosse lambida pela língua de fogo de um demônio enquanto o corpo é aberto, expondo os ossos. Seus dentes são pontudos e afiados feitos para dilacerar orgãos e abdomens.
Elas engolem minhas mãos e pés. Faço o possivel para gritar, mas não escuto nada além de dentes rasgando e da respiração quente contra o rosto."
pags: 95 a 97 do livro Louras Zumbis
autor: BRIAN JAMES
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